segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

sobre mudanças




Atenção!

este post contém alta dose de auto ajuda e mimimi zen. 


Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strange)
Ch-ch-Changes
Don't wanna be a richer man
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strange)
Ch-ch-Changes
Just gonna have to be a different man
Time may change me
But I can't trace time



Após um breve recesso quando mal havia começado (veja bem que este é um blog político), volto com um assunto que permeia a nova fase pela qual estou (estamos) sempre passando: mudanças. 

Sempre gostei muito de mudar de opinião sobre tudo, principalmente sobre minhas convicções, por isso sou tão avessa à radicalismos de qualquer espécie. Esse mês completei 26 anos e creio que passo pela segunda maior mudança da minha vida (a primeira foi quando entrei na faculdade, aos 19 anos). 

Fatos que antes pareciam ser um castigo divino ou vingança por algum mal que tenha feito à humanidade, tornaram-se apenas um pontapé inicial para uma série de mudanças em todos os sentidos. Convivo com pessoas que mudam frequentemente a olhos vistos e outras que permanecem as mesmas, não importando os acontecimentos ou direções do vento em que são levadas, elas criaram espécies de raízes sob os pés e são ferrenhamente presas às suas ideias/ideologias, não importa o viés em que enxerguem os acontecimentos, suas ideias não se alteram. Olhando pra trás, acho que eu era assim também, em relação à mim mesma. 

Não só a mudança de residência, ir morar com um garoto, a formatura foram as mudanças deste período, as interiores foram muito maiores. 
Desde o fim do ano passado sofro de síndrome do pânico, estava certa que os céus se vingavam de mim, por algum motivo. No fim das contas, percebi que se não houvesse sucumbido às crises de pânico, ter que fazer terapia e etc, não teria puxado a alavanca para as mudanças que estão ocorrendo hoje. 

Me vejo, um tanto quanto surpresa, querer ter contato direto com plantas, animais, crianças, coisas que até ano passado queria distância. Quero me ver em um relacionamento monogâmico, acreditando que ele vai dar certo, imagino até casar, olha só que coisa. Me voltei para a minha espiritualidade e passei a alterar meu modo de vida, cultivando pensamentos bons, coisas boas, vendo o melhor nas pessoas, sendo otimista. Claro que não é uma tarefa fácil, é dificílimo nos livrarmos de um padrão de pensamento, mas um dia eu chego lá. 
Desisti, definitivamente, de deixar crescer meus cabelos, passei a cuidar da minha saúde, parei de beber, estou parando de fumar, passei a fazer exercícios físicos e principalmente, reeducar a alimentação. Comecei a valorizar as pessoas que valem a pena e aproveitar com sabedoria o meu tempo (que é cada vez menor). Descobri que sempre podemos ser mais felizes, melhores, mais inteligentes e mais maduros do que somos, a mudança (na sua essência) não tem prazo e não tem limites. 

Disseram que essa mudança mais subjetiva ocorre por volta dos 40, comigo ocorreu agora e, já que nada na vida nada acontece por acaso, creio que há algo de muito positivo em tudo o que está ocorrendo, talvez eu não veja seus reflexos agora ou daqui há um ano, mas esperarei por isso pacientemente, sabendo que nada que se faça numa boa é em vão.

Se você conseguiu ler até aqui sem embrulhar o estômago, saiba que desejo que a sua vida seja uma eterna transformação, sempre pra melhor, sempre em busca de algo positivo. 
Já não sinto falta da pessoa que eu era um ano atrás, antes da síndrome do pânico, antes do meu mundo virar de cabeça pra baixo, porque quando eu voltei ao meu lugar, olhei o horizonte e percebi que ele já não era o mesmo, e nem eu. 


Namastê!